domingo, 6 de novembro de 2016

DÊ A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR?

Vivo em um país, onde igrejas são isentas de impostos. No entanto, cada membro contribuinte recebe no início de cada ano um recibo oficial de suas ofertas. Com esse recibo o contribuinte recebe de volta parte dos impostos descontados na folha de serviço. A igreja aqui, mesmo sendo isenta de impostos, tem a obrigação de fazer um histórico de todas entradas e saídas com os devidos recibos. O estado tem o direito de analisar o histórico quando quiser e isso até sobre um período dos últimos dez anos. Toda despesa da igreja é devidamente documentada através de recibos e uma vez por ano ocorre uma prestação de contas à comunidade. Esse sistema permite não somente ao estado, mas também ao contribuinte saber o que foi feito com o dinheiro ofertado. Sendo assim, não há como alguém usar dinheiro doado para uso pessoal, sem que isso possa vir à tona.

Se um sistema desse fosse implantado no Brasil, ninguém precisaria votar contra ou à favor da imunidade de impostos para instituições religiosas. Se o estado entra com esse pedido é porquê "nem os santos tem ao certo a medida da maldade!" A instituição Igreja infelizmente não está livre de corrupção e todo contribuinte tem o direito de receber seu recibo de doação no final de cada ano. Pastores e líderes religiosos tem a obrigação de serem transparentes no lidar com dinheiro alheio e devem prestar contas. Caso algo assim fosse implantado no Brasil, tenho certeza que o povo apoiaria a imunidade de impostos, pois assim teria a certeza de que fraudes mais cedo ou mais tarde viriam à tona.

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